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domingo, 8 de dezembro de 2013

Vaso

Quebra-se aqui o vaso dos nossos medos
que explodem disformes
que vêm todos de uma vez
sem pontuação sem pausa
sem dar tempo pra gente pensar
rápidas dão rasteiras deliciosas de se ver
a vaca deu seu leite a preguiça se pendurou
o gato deu seu pulo a mãe os passarinhos alimentou
e de que adiantou de que adiantou
o mundo permanece nesse mesmo caos
os bules continuam a guardar seus chás
no meio dessa desordem
pego o seu e o meu interior a murmurar palavras malucas
únicas
suas minhas nossas
palavras derivadas tão somente de nós próprios
e de que adianta de que adianta
ninguém ouve as palavras além de nós
e explodem novamente os medos
não deveriam
mas explodem pesados e degradantes do nosso maço de ideias
que são consumidas uma a uma
até que sem ar sem conseguir parar
acabam.